29 de junho de 2011

Sinais da vinda de Jesus


Um amigo nosso conseguiu pular de seu carro e escapar com arranhões quando o veículo foi atingido por uma locomotiva. Ele morava a 500 metros de uma ferrovia. Estava tão acostumado a cruzar aquela linha do trem todo dia, que não reparou no aviso que mandava: Pare, Olhe, Escute. Por pouco, a falta de respeito à sinalização não lhe custou a vida.


Essa mesma falta de respeito leva à morte milhares de pessoas nas rodovias brasileiras todos os anos. Segundo levantamento feito pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em 2004 o número de mortos nas viagens interestaduais aumentou 84% em relação ao ano anterior.


Mas existe uma sinalização muito mais importante que a das ferrovias e rodovias. E pouquíssimas pessoas estão respeitando-a. Aliás, parece que a maioria não enxerga nem se interessa em enxergar os avisos que se multiplicam a cada ano. São os sinais dos tempos, a sinalização divina na rodovia espiritual pela qual todos estamos passando, neste final dos tempos, em direção à eternidade.


Da mesma forma que os sinais de trânsito existem para coibir acidentes nas estradas, os sinais de Deus existem para que possamos viajar pela estrada da vida e alcançar nosso destino com toda segurança. O desrespeito aos sinais, nos
dois caminhos, sempre resulta em prejuízos.


Dois mil anos atrás, os discípulos de Jesus ficaram assustados com a afirmação dele de que não ficaria pedra sobre pedra do belíssimo templo em Jerusalém, que tanto admiravam. Quiseram saber quando estas coisas sucederiam e que sinal haveria da vinda dele e da consumação do século (Mt 24.1-3).


Dois mil anos depois, na iminência dessa consumação e da vinda do Senhor, os acontecimentos previstos por Jesus estão acontecendo com uma precisão gritante. E a maioria dos discípulos atuais os ignora, como se o fim estivesse ainda bem distante. Que acontecimentos são esses?


Jesus disse que ouviríamos falar de guerras e rumores de guerras. Não é de agora que estamos ouvindo falar delas. Tudo isso sempre houve. Mesmo assim, as guerras e rumores de guerras que hoje acontecem estão deixando muita gente assustada e até amedrontada. Mas o Senhor diz a nós, seus seguidores: “não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim, porquanto se levantará nação c
ontra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores.” (Mt 24.6-8).


Muitas pessoas acharam desnecessária a guerra no Iraque, mas de acordo com essa afirmação do Senhor do universo, era necessário assim acontecer. Necessário porque faz parte da preparação para o aparecimento do anticristo – outro sinal que antecede a vinda de Jesus.

A destruição das torres gêmeas em Nova York marcou o fim de uma era e o início de outra, talvez a última. A imponência e invencibilidade americanas sofreram um abalo fortíssimo, deixando toda a nação perplexa e receosa. O desastre provocou mudanças drásticas também na economia mundial, nos sistemas de segurança e na formação de novos conceitos de guerra. Instalou-se no mundo inteiro um sentimento de inquietação e temor, resultado dos sucessivos ataques terroristas em vários outros lugares. Os líderes mundiais partilham da apreensão e se mostram incapazes de solucionar os problemas de ordem social e econômica. Falam de paz e segurança, mas a realização desse ideal parece fugir-lhes.


Esse clima de incerteza e temor, com tempo, deve se transformar em desespero global, o que permitirá que o anticristo entre em cena produzindo a tranqüilidade (embora falsa) que todos almejam. Então, “quando andarem dizendo: Paz e segurança, [e muitos crentes estiverem “dormindo”, acomodados] eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.” (1 Ts 5.3 – acréscimo meu).


O que deve chamar a nossa atenção hoje é o aumento dos sinais. Guerras, fome, iniqüidade e desastres não são novidade neste mundo. A diferença se vê na multiplicidade desses males que o mundo hoje está enfrentando. Em diversos lugares a Bíblia fala sobre esse aumento, e que isso antecederá a volta de Jesus. Ele mesmo destacou o aumento do engano como sendo um dos sinais principais e um dos perigos maiores que vamos enfrentar nos últimos dias. A Bíblia nos previne quando diz que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Co 11.14). É um disfarce que ele está usando, com um sucesso cada vez mais acentuado, para iludir os filhos de Deus.


Vamos destacar algumas evidências da multiplicidade:


1. Engano: No Brasil cresce o número de “anjos de luz”, falsos profetas, muitos com título de pastor, “ministrando” em nossas igrejas em nome do Senhor e enganando a muitos com suas “profecias” opulentas e promessas de prosperidade e vida sossegada.


Multiplicam-se os “obreiros” e “missionários” sem qualificações e sem preparo teológico, que abrem salões e pregam em alta voz “verdades” das mais absurdas. O povo, que não lê a Bíblia, engole tudo como sendo a mais pura verdade.


Há igrejas em nossas comunidades que cumprem a profecia de 1 Timóteo 1.1-5 “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade; pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado”.


Um número cada vez maior de líderes e liderados evangélicos está sucumbindo ao embuste do inimigo em relação ao divórcio. Deus afirma categoricamente que odeia o divórcio (Ml 2.16), e Jesus confirmou isso ao ordenar: “O que Deus ajuntou não separe o homem” (Mc 10.9). Portanto, nós nos enganamos, achando que o soberano Senhor vai alterar os princípios de seu Reino para acomodar o nosso egoísmo e nosso pecado. Essa mentalidade é fruto do relativismo e hedonismo da pós-modernidade que está minando as bases doutrinárias e teológicas de nossas igrejas. Ainda existe a opção de o casal se humilhar, dobrar os joelhos, e cada um clamar a Deus por uma mudança do próprio coração, para então esperar que Deus opere a mesma mudança na vida do outro.




2. Ódio aos cristãos: Uma crescente onda mundial de desprezo e perseguição dos verdadeiros seguidores do Cordeiro, Jesus Cristo, deve surgir. O movimento ecumênico, com sua disposição à convivência e diálogo com todas as confissões religiosas, irá nos enquadrar na categoria de heréticos, por não harmonizarmos nossos pontos de vista com os da maioria religiosa. Jesus predisse esses acontecimentos em seu discurso no pátio do Templo: “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24.9).


3. Fome: No mundo, em cada sete pessoas, uma padece fome. Em cada 3,5 segundos morre um ser humano, vítima da fome. Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo, sejam vítimas crônicas de grave subnutrição, a maior parte mulheres e crianças dos países em desenvolvimento. Malawi, na África, enfrenta seca e a pior fome nos últimos 50 anos. Segundo o governo desse país, 70% da população de 11 milhões, passam fome. Esta situação calamitosa se repete em cada vez mais países africanos.


4. Epidemias: O problema da fome que se alastra pelo continente africano é associado ao agravamento das guerras e epidemias, como o vírus Ebola e a aids, que assolam vilas, cidades e nações inteiras. Surgem novas epidemias, como a gripe aviária, que ameaça se transformar em pandemia, com a possibilidade de causar a morte de milhões de pessoas ao redor do mundo.


5. Pobreza: O número de pobres não pára de crescer, e já chega a 307 milhões de pessoas no mundo. Um relatório da Unctad (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento), recentemente publicado, mostra que, nos últimos 30 anos, o número de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia duplicou nos países menos desenvolvidos.


6. Conhecimento: A multiplicação do conhecimento é algo fantástico, que deveria chamar a nossa atenção. Dizem os eruditos que o conhecimento total mundial se dobra a cada dois anos. Parece que não há mais limites ao que o homem é capaz de fazer. Os avanços nas áreas de tecnologia, biologia genética e medicina regenerativa são tantos que não conseguimos acompanhá-los. Tudo isso é o cumprimento da profecia de Daniel, escrita quinhentos anos do nascimento de Cristo: “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará” (Daniel 12.4).


7. Desastres naturais: A multiplicação de terremotos e furacões é assustadora. As estatísticas registram apenas oito terremotos catastróficos no período de 1290 a 1900, e dezoito de1900 a 1995. De lá para cá, em apenas uma década, o mundo sofreu treze terremotos que causaram mais de mil mortes cada, sendo o da Indonésia o pior, com a perda de quase 200.000 vidas. Os furacões nas Américas bateram novo recorde em 2005, em quantidade e intensidade.


A natureza parece estar fora de controle, com El Niños, inundações na Europa, seca inédita na Amazônia, aquecimento global, descongelamento dos Pólos, furacões na Região Sul do Brasil. De acordo com uma reportagem na revista Superinteressante, a velocidade e a duração desses fenômenos aumentou 50% nos últimos 50 anos.


É interessante notar que alguns dos lugares mais atingidos por estes fenômenos da natureza em 2005 são locais reconhecidos pela busca do prazer e pecado. As praias da Tailândia eram conhecidas mundialmente pela prostituição infantil. O prefeito de Nova Orleans chama sua metrópole de Sin City (cidade do pecado). O apelo do lugar é o trinômio música-bebida-sexo, mais centralizado no Mardi-Gras, a estação carnavalesca, assistida anualmente por mais de um milhão de turistas. Cancun, México, é o destino anual de centenas de universitários americanos na época de Spring Break (férias escolares de primavera), para uma semana de farra, orgias e bebedeiras. Será que essas calamidades não são um aviso prévio do juízo vindouro?


8. Iniqüidade: A Bíblia destaca a multiplicação da iniqüidade, hoje tão evidente no mundo inteiro:



As paradas do movimento gay reúnem mais adeptos e simpatizantes a cada ano. Embora a maioria dos brasileiros se mostre contrária ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, é provável que a pressão internacional, com tempo, force o reconhecimento legal, como acontece em número cada vez maior de países.
A prostituição infantil no Brasil, na Tailândia, e outros países é uma desgraça maior que a perversidade de Sodoma.
Aumentam as notícias de pedofilia praticada por religiosos, médicos, professores, diretores de creches e orfanatos.
A construção desordenada de motéis nas saídas de nossas cidades é outra prova evidente do nível de iniqüidade, o que vai trazer o juízo de Deus sobre a nossa nação.


9. Esfriamento do amor: O Senhor afirmou que tudo isso resultaria em outra multiplicação, a da falta de amor: “O amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12). Já estamos vivenciando esse esfriamento, a perda do primeiro amor de muitos irmãos, na busca de prazeres e riquezas que os reinos deste mundo oferecem. O mesmo Satanás que ofereceu uma “vida de deuses” a Eva e Adão, e que ofereceu os reinos do mundo a Jesus, tenta levar cada um de nós a curvar-se diante dele em troca de favores dos mais variados, como riqueza, status e satisfação de desejos carnais. As atrações do “mundão”, ao alcance de quase todos na TV, nos cinemas e nas locadoras de vídeos e DVDs, tidas por “inofensivas” pela maioria dos crentes, estão cegando os olhos e contaminando os corações do povo de Deus.


É hora de parar, olhar e escutar. Os sinais se multiplicam. Ergamos a nossa cabeça e olhemos ao redor! A nossa redenção se aproxima. Escutemos a advertência de Jesus: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”. Vigiemos, pois, para que, quando vier o Filho do Homem à Terra, nos encontre entre os que ainda têm fé.
Allan McLeod
http://www.hebrom.org/



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